Abre Aspas: Essa Sou Eu.
O meu problema na realidade, é o medo. Medo
das coisas darem errado, medo de normalidade - que nunca foi o meu forte- medo
que as coisas deixem de ser o que eram, perder aquela magia de antes. É o medo
que sempre prendeu o meu coração de menina maluquinha. Eu crio sempre a minha armadura de dama de
ferro, mas é só para eu dizer que eu não tentei resistir. Tenho essa marra, sei
que isso até afasta as pessoas, digo sempre que o amor não é pra mim, tenho a
vontade de fugir, de largar tudo pra trás sabe? Não é desistir, é só deixar.
Deixar minha alma ser livre, livrar meu coração de todo o peso que eu venho
carregando ultimamente. Eu sei, sou birrenta, indiferente, complicada. Cheia de
manias e desculpas. Eu fico parecendo uma criança, batendo o pé na hora de se
entregar pra algo, fingindo -só fingindo- que eu não quero, mas eu na
realidade, quero, quero muito. Eu já me envolvi em tudo qualquer tipo de paixão
que as pessoas possam imaginar. Platonicas, a distancia, a que era amizade,
aquela de infancia,a mentirosa, a sincera, a que eu achei-que-era-príncipe-encantado-mas-não-era.
Minha mãe já escutou tanto sobre o meu final feliz. Tanto que ela já fala essa
frase por mim. Amor mesmo, sempre foi o meu problema. Eu ainda lembro da
primeira decepção que eu tive. Fiquei triste por um tempão. 3 dias. Depois eu
sai cantando e dançando e fazendo o que eu mais gosto de fazer : sorrir. E lá estava eu, procurando algo que fizesse
sentido na minha vida, eu já tive dessas de achar um amor em casa esquina. Mas,
eu cansei, parei. Porque eu percebi que não ia encontrar, que eu precisava
viver, deixei o amor pra lá. Fiz coisas que eu realmente gostava, eu estudei
teatro, viajei, fiz aulas de desenho, cortei meu cabelo curto só pra eu me
arrepender e aprender, nunca mais ia fazer aquilo. Me distanciei nessa coisa de
se apegar em alguém, mas o amor é um ser tão filho da puta que cai na hora mais
inesperada das nossas vidas. Fiquei negando a todo custo, é claro, brinquei de
fazer a desinteressada. Funcionou? Caralho nenhum. Eu sabia que o amor é uma
roleta russa as avessas e eu não quero desperdiçar nenhum pedaço a amores
condenados ao fracasso. Por favor, é pra entrar na minha vida de vez, não faça
cerimonia. Romances imaginários são tão idiotas. Eu acredito, desacreditando
que o amor é bonito. Gosto de desafios,
então eu entrei nesse pra fazer dar certo. Eu sou daquelas que faz cartinhas,
coloca em envelopes de papel com um adesivo do caderno da irma mais nova para
segurar a ponta. Me amarro em criar histórias com lugares que eu ja fui com
alguém, nem que eu queria, aquele lugar vai ter outra história. Eu explodo em
choro quando algo machuca ou me sufoca. E eu ainda me pergunto se isso cabe
aqui dentro ainda. Ah, prazer. Meu nome é confusão.
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